Escola de Domingos Martins promove feira de ciências com olhar para a cidadania
Publicado em 17/07/2018 às 19:20
O conhecimento científico com projetos também voltados para a cidadania teve dois dias dedicados na última semana, com a realização da Feira de Ciências da Escola Estadual Gisela Salloker Fayet (FECIEG), no distrito de Paraju, em Domingos Martins. A iniciativa faz parte do Programa de Educação Científica que é desenvolvido na instituição.
Neste ano, a temática da feira foi “Ciência para redução das desigualdades”. Para desenvolver a etapa prática pedagógica do evento, os estudantes, junto com os professores, utilizaram a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP/PBL), onde são propostos cenários de investigações a partir da realidade local.
Com a iniciativa, os alunos registram problemas vividos na região e propuseram soluções para os mesmos. Os professores e orientadores também direcionaram os questionamentos dentro da perspectiva CTSA (ciência, tecnologia, sociedade e ambiente). Assim, o projeto conseguiu ter relevância e aplicabilidade social com os projetos desenvolvidos pelos estudantes.
No total, durante os dois dias foram expostos 34 projetos que propuseram alternativas para desenvolvimento social e econômico da região e um Circuito de Vivências e Interatividade.
Juliana Bello Jastrow, aluna do 3º do Ensino Médio, falou como a temática da feira foi importante para uma mudança no olhar coletivo dos alunos. “Com a feira de ciências, a gente tem a possibilidade de deixar o nosso individual e passar a olhar para o coletivo. Por meio dela, não se integra só a minha família e os meus amigos, mas também a escola, a comunidade e a sociedade em geral. A gente deixa o nosso comodismo de lado e passa a olhar as necessidades das outras pessoas”, destaca Juliana.
Ela também destaca a importância da feira para o seu crescimento pessoal. “A feira de ciências eu vejo como uma chave para a porta do sucesso do nosso futuro. Esse já é o terceiro ano que eu participo e vejo que o meu crescimento e a transformação da minha visão aumentaram muito. Aqui na escola temos professores que estão preocupados não só com o nosso desenvolvimento dentro de sala de aula, mas também com nosso desenvolvimento pessoal”, relata a aluna.
Junto com os projetos de pesquisa também foi desenvolvida a quarta edição do Prêmio Ciência e Cidadania, que elegeu os melhores trabalhos nas categorias Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Muito além do saber
A diretora da instituição, Josilene Werneck, falou sobre a importância do papel social dos jovens, por meio de projetos como os expostos na feira. “O jovem torna-se ator social, a pesquisa é sobre algo do mundo concreto e a proposta de solução é real. É um trabalho complexo, sistemático, mas de grande valor, onde a escola cumpre seu papel social e transformador. É uma prática prevista no planejamento político pedagógico da escola e representa muito para nossa comunidade, uma vez que preparamos com profundidade os alunos, é nítido observar que os estudantes egressos carregam consigo uma maturidade em pesquisa que não se vê comumente no ensino médio”, disse Josilene.
Ela também fala sobre a diferencial que a feira procura transmitir. “O diferencial desta feira e que ela e desenvolvida por meio de resolução de problemas. Aos alunos e dado um cenário de investigação com o mesmo tema da semana Nacional de ciência e Tecnologia, e neste cenário, os alunos são estimulados a levantar problemas enfrentados por eles, por seus familiares e pela comunidade como um todo. Depois de levantar estes problemas, iniciaram a busca por sua resolução, aí desenvolveram projetos, protótipos e propostas de implantação de ideias”, finaliza a diretora.