Livros de Máximo Zandonadi, sobre Venda Nova do Imigrante, serão reeditados
Publicado em 03/11/2017 às 10:59
Se escritor e empreendedor Máximo Zandonadi estivesse entre nós, completaria, no último dia 31 de outubro, 101 anos de vida. Mas o legado deixado por ele vai além. Autor de cinco livros, dois deles de contos e crônicas, Máximo também contou a história da imigração na região serrana do Espírito Santo.
Em três livros – Venda Nova, um capítulo da imigração italiana; Venda Nova do Imigrante, 100 anos da colonização italiana no Sul do Espírito Santo, e A igreja na história de Venda Nova – Máximo mostra a vida e luta dos primeiros tempos da colonização. Esses livros, agora, passarão por uma reedição, com auxílio de Cilmar Franceschetto, Agostinho Lázaro e equipe do Zota, capitaneados por Dom Décio Sossai Zandonadi, filho de Máximo e bispo emérito de Colatina. As edições devem ficar prontas nos próximos doze meses.
“É uma reedição, melhorada e corrigida. Vamos acrescentar aos volumes uma série de cartas e documentos que são preciosos na vida de meu pai. Por exemplo, um bilhete que ele enviou para a minha mãe na época do namoro, cartas que ele dirigiu para as irmãs dele, que eram freiras, e para nós, os filhos. Além disso, vamos incluir o testamento e também as tantas informações que ele deixou em seus diários”, explica Dom Décio.
O olhar de Máximo, sempre voltado para a comunidade deixou um legado que vai além dos livros. Por meio da Fundação Máximo Zandonadi (FMZ), projetos que beneficiam toda os moradores da cidade tomaram forma, caso da Banda Sinfônica de Venda Nova do Imigrante, que hoje atende 80 crianças com idade entre 5 e 10 anos e outros 60 jovens e adultos. Há ainda o Centro Cultural e Turístico Máximo Zandonadi, pensado, projetado e captado pela fundação. A Rádio FMZ é o braço informativo do grupo. A emissora educativa alcança sete municípios, primando por uma programação que auxilie no crescimento das cidades
“O que foi a vida e a ocupação dele, deve permanecer no coração de todos. O amor à terra, à família, o fortalecimento da religiosidade e da fé cristã, a preocupação pelas melhorias no campo, na agricultura, o interesse pelo cooperativismo, que foi muito forte na vida dele. São pontos marcantes e que não podem ser esquecidos. Todos os anos, nós, da família, temos que reavivar isso e reavivar também em nossa comunidade de Venda Nova essas preocupações, que às vezes são esquecidas”, completa Dom Décio.