Coleta de material para identificação das vitimas começa no DML de Vitória
Publicado em 11/09/2017 às 21:11
A coleta dos materiais que serão utilizados nos exames de DNA para identificação dos corpos das vitimas que morreram carbonizadas no acidente com o micro-ônibus que transportava o Grupo Folclórico Bergfreunde de Campinho já começou no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
Do lado de fora, muitos parentes aguardavam a realização do trabalho. Um dos presentes era o empresário Adilson Fonseca, que também é tio do dançarino Gabriel Degen Couto, que está entre as vitimas carbonizadas. Ele conta como tomou conhecimento do acidente.
“Nós recebemos a notícia através de grupos do Whatsapp da nossa cidade e de repente foi se espalhando a notícia e a gente não tinha noção da proporção do acidente. Ele já participava do grupo há bastante tempo, tanto que ele morava aqui em Vitória e duas vezes por semana ele ia para Domingos Martins para participar dos ensaios”, conta Adilson.
Ele também lembra que há uma semana Gabriel havia ficado noivo da dançaria Marilia Rodrigues Alves, que também morreu carbonizada no acidente. “Eles tinham planos ambiciosos de casar no próximo ano e construir uma família”, conta o tio de Gabriel.
Quem também estava no DML era Adelmo Rodrigues Alves, que é parente de Marilia Rodrigues Alves. Ele conta como recebeu a notícia do acidente. “A minha irmã Eva, que é tia da Marilia, me ligou por volta de 21h40 e me deu a notícia. Foi um abalo muito grande”, contou Adelmo.
Confira o relato completo de Adelmo Rodrigues Alves:
Trabalho de identificação dos corpos será agilizado
Na tarde de hoje, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, esteve em Domingos Martins, conversando com o prefeito Wanzete Kruger e a equipe da prefeitura que está dando apoio aos parentes das vítimas do acidente. De acordo com o secretário, os exames para identificar os oito corpos carbonizados devem ser acelerados, mas a conclusão pode levar de uma a duas semanas.
“O trabalho segue sendo feito pela nossa equipe no DML, em Vitória, e a expectativa é de que em no máximo duas semanas conseguiremos identificar os outros oito corpos carbonizados. Depende do material que vai ser coletado para o exame de DNA, e é um trabalho mais criterioso, mas temos tecnologia na Polícia Civil que nos permite que a gente faça esse exame”, informou o secretário.
INVESTIGAÇÕES – André Garcia ainda destacou que as investigações ainda vão apontar se as placas de granito atingiram o micro-ônibus em que estavam os integrantes do grupo de danças e se algumas das vítimas morreram antes do incêndio atingir o ônibus, devido a esse impacto.
“Os detalhes sobre a dinâmica do acidente são mais difíceis de serem identificados devido às condições dos corpos, mas isso a perícia vai poder informar. Temos que aguardar a entrega das perícias ao delegado responsável, que vai definir as linhas de investigação e a identificação de quem deve ser responsabilizado”, contou o secretário.