Macacos são encontrados mortos em Afonso Cláudio com suspeita de febre amarela
Publicado em 17/01/2017 às 10:27
Afonso Cláudio entrou para o mapa das cidades com mortes de macacos com suspeita de febre amarela. O tema levantado por um programa da Rádio Educadora, ontem (16), repercutiu e as notícias de primatas encontrados mortos foram chegando por meio de telefonemas. Um agricultor foi até a emissora falar sobre o assunto, demonstrando preocupação.
Segundo informações de moradores, em Alto Guandu, três macacos foram encontrados na mata em adiantado estado de decomposição. Sem o conhecimento da matéria, moradores os enterraram, impossibilitando que o Secretário de Saúde, Luciano Borlote, junto com demais profissionais da área, fizessem a coleta de materiais para exames.
O mesmo ocorreu em Santo Antônio, distante dez quilômetros do centro. A ouvinte dona Alvina relatou que dois primatas foram encontrados já em estado avançado de putrefação e foram enterrados. Outro ouvinte, cujo nome não foi gravado na mensagem, contou que no Córrego do Manteiga, em Laranja da Terra, havia mais um macaco morto.
O agricultor Itamar Pereira da Silva, residente em Alto Guandu, estava ligado no programa e foi imediatamente levar a informação sobre os primatas mortos. “Foi preciso enterrá-los por conta do mau cheiro. Não tínhamos essas informações, mas agora estamos cientes”, contou Itamar, afirmando que mais um macaco havia sido localizado pela manhã.
A população de Afonso Cláudio não está em pavorosa, mas desejam saber como proceder no caso de confirmação de algum morador contaminado. É o caso de um ouvinte que se identificou apenas como Moisés. “Moro na zona rural, onde existem muitos macacos, e fui até o posto de saúde da cidade, mas não fui vacinado”, contou.
O Secretário de Saúde já se posicionou sobre o caso e viajou para a capital com outros colegas de trabalho a fim de levar as informações e buscar auxílio junto à Secretaria Estadual de Saúde. Luciano Borlote adiantou ao portal Montanhas Capixabas que o caso merece uma atenção imediata, mas disse que não existe caso comprovado da febre amarela no município.
“Alguns falam em surto de herpes e outros relatam que a morte dos primatas ocorrem por conta de infecção causado pela lama da Samarco. O fato é que não temos nenhum caso comprovado de febre amarela em nosso município. Esse é um assunto sério que está merecendo todo nossa atenção”, relatou o secretário de saúde, Luciano Borlote.