Decon, Procon-ES e Ipem-ES apreendem quase 9 mil litros de óleo fraudado na Grande Vitória

Publicado em 20/03/2025 às 14:19

Compartilhe

WhatsApp Image 2025-03-20 at 07.57.04

A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) realizou, nesta quarta-feira (19), uma operação conjunta com o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) e o Instituto de Pesos e Medidas do Espírito Santo (Ipem-ES) para combater a comercialização de produtos fraudados. Durante a ação, foram apreendidos quase 9 mil litros de óleo, resultando na proibição da venda de duas marcas do produto.

A empresa responsável pela comercialização dos óleos já havia sido identificada em fraudes envolvendo azeites em março deste ano e novembro do ano passado. A operação ocorreu em distribuidoras e supermercados da Grande Vitória.

As informações foram divulgadas em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (19) na Decon, localizada no térreo da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), em Vitória.

O delegado Eduardo Passamani, titular da Decon, destacou que a operação vem sendo monitorada desde o ano passado pela Polícia Civil, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Procon-ES e Ipem-ES. “Começamos a identificar irregularidades cometidas pela empresa Verde Ouro do Brasil, que tem causado prejuízo aos consumidores capixabas”, afirmou.

As investigações indicam que a empresa, sediada em São Paulo, comercializava azeites e óleos adulterados, além de vender produtos com volume inferior ao informado no rótulo. “Análises confirmaram que as garrafas de azeite continham óleo comum e que a quantidade de azeite estava abaixo do declarado”, explicou Passamani. A Polícia Civil e o Ipem-ES identificaram a fraude e expandiram a investigação para outros produtos da empresa, como o óleo composto, uma mistura de azeite e óleo comum.

Além das fraudes no conteúdo dos produtos, suspeita-se que a rotulagem não corresponda à quantidade real de azeite presente. “Estamos verificando se as porcentagens indicadas nas embalagens são irregulares. Se não houver azeite no produto, configura-se crime contra o consumidor”, alertou o delegado.

Como resultado das investigações, o Procon-ES emitiu uma medida cautelar suspendendo a comercialização dos produtos da Verde Ouro do Brasil no Espírito Santo. “A empresa está proibida de vender seus produtos no estado. As marcas Ana e Vittoria foram retiradas do mercado, e os consumidores têm direito ao reembolso”, afirmou Passamani.

A ação policial focou em supermercados e distribuidoras, resultando na apreensão de quase 9 mil litros de produtos suspeitos de adulteração. “Fizemos apreensões em 13 pontos de venda, incluindo grandes redes de supermercados e distribuidoras, onde encontramos produtos com volume abaixo do informado”, detalhou o delegado.

Diante da gravidade do caso, a Polícia Civil solicitou à Justiça que a empresa seja impedida de operar em todo o país enquanto mantiver práticas irregulares. “Nosso objetivo é erradicar essa fraude e garantir que consumidores de todo o Brasil não sejam mais enganados”, enfatizou Passamani.

A operação também busca conscientizar comerciantes sobre a ilegalidade de vender produtos da Verde Ouro do Brasil. “Aqueles que continuarem comercializando esses produtos estarão sujeitos a sanções legais. A fiscalização segue em todo o estado, e a medida cautelar do Procon-ES impede a circulação desses itens no mercado”, ressaltou o delegado.

A diretora-geral do Procon-ES, Letícia Coelho Nogueira, reforçou que a proteção da vida, saúde e segurança dos consumidores é um direito fundamental. “A comercialização de produtos adulterados e com quantidades inferiores é uma grave violação desses direitos e não será tolerada, especialmente quando se trata de alimentos que afetam a saúde pública”, destacou.

O diretor de fiscalização do Procon-ES, Fabrício Pancotto, ressaltou que essa operação demonstra a eficiência da atuação conjunta do governo Casagrande na defesa dos consumidores. “A Polícia Civil iniciou a investigação e o Procon-ES recebeu denúncias sobre a qualidade dos produtos dessa marca. Com os testes do Ipem-ES comprovando as irregularidades, adotamos a medida cautelar para garantir o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor. Nosso objetivo é cessar imediatamente os danos aos consumidores capixabas. É inaceitável que o cidadão pague caro e seja enganado. O Procon-ES continuará combatendo essas práticas”, afirmou Pancotto.

Orientações: A Decon orienta os consumidores que adquiriram azeite das marcas apreendidas a retornarem ao estabelecimento onde compraram o produto para solicitar a troca. Caso a loja se recuse a efetuar a troca, o consumidor deve procurar a delegacia para registrar a ocorrência.

Em caso de dúvidas sobre a autenticidade dos produtos, a população pode consultar os sites do Procon ou do Mapa para verificar se a marca está devidamente cadastrada ou para denunciar irregularidades.

Fonte:  Assessoria de Comunicação Polícia Civil

Veja também

festcine

​Festival de cinema de Pedra Azul tem mais de 1,5 mil inscrições de 98 países

maus tratos a cachorro

PCES conclui investigação sobre crime de maus-tratos a cachorro esfaqueado na Serra e indiciará suspeito

policia recebe viaturas blindadas

Polícia Militar recebe 22 novas viaturas blindadas

ministerio da saude

Ministério da Saúde viabiliza tratamento inovador no SUS para crianças com AME. Pela primeira vez, será ofertada uma terapia gênica na rede pública

sesa coren es

Sesa marca presença no II Congresso Capixaba de Urgência e Emergência promovido pelo Coren-ES

dia mundial da agua

Governo do Estado anuncia novos investimentos em alusão ao dia Mundial da Água

reforma e ampliação de ginasio

Ginásio Jones dos Santos Neves (DED) passará por obras de reforma e ampliação

cafe conilon

Ricardo Ferraço participa da assembleia da maior cooperativa de café conilon do Brasil