Agroindústrias receberão R$ 546,6 bilhões em investimentos até 2029

Publicado em 03/12/2024 às 16:03

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo federal anunciou nesta terça-feira (3) um pacote de investimentos que visa impulsionar cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais até 2029. O montante totaliza R$ 546,6 bilhões, sendo R$ 296,3 bilhões provenientes do setor privado e R$ 250,2 bilhões em linhas de crédito público.

Durante a cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que cria o Programa Nacional de Pesquisa e Inovação para a Agricultura Familiar e Agroecologia (PNPIAF). O programa busca promover pesquisa e inovação voltadas à agricultura familiar, com foco na transição agroecológica, preservação de biomas e sustentabilidade dos agroecossistemas.

“O objetivo é construir uma indústria mais inovadora, sustentável e verde”, destacou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ao comentar os projetos apresentados.

Esses projetos fazem parte da Missão 1 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), lançado em janeiro de 2024. A NIB é uma política industrial que abrange seis missões estratégicas, incluindo a transição ecológica, modernização do parque industrial e fortalecimento de setores como agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa. A meta é fomentar o desenvolvimento nacional até 2033, por meio de subsídios, empréstimos a juros reduzidos e ampliação de investimentos.

Investimentos já direcionados

Dos R$ 250,2 bilhões em recursos públicos para a Missão 1, R$ 198,1 bilhões foram aplicados em 2023 e 2024, e R$ 52,18 bilhões estão previstos até 2026. O setor privado, por sua vez, deverá investir R$ 296,3 bilhões até 2029, envolvendo 10 organizações e associações agroindustriais.

As prioridades incluem a disseminação da agricultura de precisão, estímulo à produção nacional de drones, fortalecimento da cadeia de fertilizantes e biofertilizantes para reduzir a dependência de importações, além do incentivo à produção de máquinas agrícolas e seus componentes.

Novidades no financiamento

Uma das principais novidades anunciadas foi a inclusão do Banco do Brasil no Plano Mais Produção (P+P), com a liberação de R$ 101 bilhões para financiar ações ligadas à NIB. Com isso, os recursos totais para a política industrial alcançam R$ 507 bilhões, disponibilizados por meio de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (R$ 259 bilhões), Caixa Econômica Federal (R$ 63 bilhões), Finep (R$ 51,6 bilhões), Banco do Nordeste (R$ 16,7 bilhões), Banco da Amazônia (R$ 14,4 bilhões) e Embrapii (R$ 1 bilhão).

Parcerias estratégicas

Durante o evento, o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Petrobras firmaram uma parceria para ampliar a produção de fertilizantes no Brasil. O acordo inclui modernização de fábricas, capacitação de profissionais, desenvolvimento de tecnologias e fortalecimento da logística.

O Banco do Nordeste também assinou contrato de R$ 600 milhões com a empresa Inpasa para financiar uma nova fábrica de etanol de milho e sorgo no Maranhão, totalizando um investimento de R$ 1,3 bilhão. Já a Finep fechou dois contratos de R$ 250 milhões cada, um com a Ouro Fino Saúde Animal, para desenvolver uma vacina inédita contra a doença de Glässer em suínos, e outro com a Lar Cooperativa Agroindustrial, focado em inovação tecnológica na produção de alimentos para aves.

Metas para o futuro

A Missão 1 da NIB estabelece metas ambiciosas, como elevar o crescimento do PIB da agroindústria para 3% ao ano até 2026 e 6% ao ano até 2033. Em 2023, o PIB do setor foi de R$ 761 bilhões, com crescimento médio de 1,75% entre 2019 e 2023.

Outros objetivos incluem aumentar a mecanização da agricultura familiar para 28% até 2026 e 35% até 2033, além de elevar a tecnificação dessa agricultura para 43% até 2026 e 66% até 2033. Atualmente, a mecanização é de 25%, enquanto a tecnificação alcança 35%.

Balanço dos investimentos

O vice-presidente Geraldo Alckmin também apresentou um balanço dos aportes privados anunciados no âmbito da NIB, que já somam R$ 1,831 trilhão. Entre os setores beneficiados estão infraestrutura urbana (R$ 1,06 trilhão), tecnologia da informação (R$ 100,7 bilhões), agroindústria (R$ 296,3 bilhões), setor automotivo (R$ 130 bilhões), siderurgia (R$ 100 bilhões), papel e celulose (R$ 105 bilhões) e saúde (R$ 39,5 bilhões).

Fonte: Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

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