O mercado financeiro revisa para cima a projeção de inflação, de 4,63% para 4,71%

Publicado em 02/12/2024 às 10:36

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Foto: Freepik

A expectativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu de 4,63% para 4,71% em 2024. Essa previsão foi divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (2), uma publicação semanal do Banco Central (BC) com as projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a estimativa de inflação aumentou de 4,34% para 4,4%. Em relação a 2026 e 2027, as projeções são de 3,81% e 3,5%, respectivamente.

A previsão para 2024 ultrapassa o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (intervalo de 1,5% a 4,5%). A partir de 2025, entra em vigor o sistema de meta contínua, com um centro fixado em 3%, mantendo a mesma margem de tolerância.

Em outubro, a inflação foi de 0,56%, impulsionada principalmente pelos custos com habitação e alimentos, após um índice de 0,44% em setembro. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,76%, conforme dados do IBGE. A inflação de novembro será divulgada em 10 de dezembro.

Juros Básicos e Política Monetária

Para controlar a inflação, o BC utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas globais levaram o Copom a intensificar o aumento da taxa em sua última reunião.

Entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a Selic ficou em 13,75% ao ano, seguida de cortes gradativos até atingir 10,5% no início de 2024. Em setembro, o Copom retomou os aumentos, elevando a taxa em 0,25 ponto percentual.

A próxima reunião do Copom, marcada para 10 e 11 de dezembro, deve trazer novos ajustes na Selic. O mercado projeta que a taxa encerrará 2024 em 11,75% ao ano, subindo para 12,63% em 2025, antes de recuar para 10,5% em 2026 e 9,5% em 2027.

A elevação da Selic visa conter a demanda aquecida, reduzindo a pressão sobre os preços ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Contudo, taxas mais altas também podem dificultar o crescimento econômico. Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito fica mais acessível, incentivando consumo e produção, mas pode diminuir o controle da inflação.

PIB e Câmbio

A previsão de crescimento da economia brasileira para 2024 subiu de 3,17% para 3,22%. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% em relação ao trimestre anterior, registrando uma alta de 3,3% na comparação anual, segundo o IBGE.

Em 2023, o PIB brasileiro superou expectativas, crescendo 2,9% e totalizando R$ 10,9 trilhões. Em 2022, a expansão foi de 3%.

Para os próximos anos, o mercado estima um crescimento de 1,95% em 2025 e 2% tanto para 2026 quanto para 2027.

Quanto ao câmbio, a previsão é que o dólar feche 2024 a R$ 5,70, reduzindo para R$ 5,60 no final de 2025.

Fonte: Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

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