Polícia apreende sabão em pó falsificado após denúncia da Ales
Publicado em 23/10/2024 às 11:07
Foto: YouTube / Reprodução
A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa (Ales) acionou a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), resultando na apreensão de mais de 200 unidades de sabão em pó falsificado, que estavam sendo vendidas em uma rede de farmácias na Grande Vitória. A operação, realizada na segunda-feira (21), fiscalizou nove estabelecimentos da região e recolheu 227 caixas do produto falsificado.
O delegado Eduardo Passamani, responsável pela Decon, explicou que a ação foi iniciada após uma denúncia recebida pelo colegiado da Ales. “Um consumidor reclamou da qualidade inferior do sabão comprado. Investigamos e identificamos várias caixas do produto sendo vendidas por uma rede de farmácias, com unidades na Grande Vitória e no interior”, relatou Passamani.
Segundo o delegado, a fraude foi detectada pela embalagem. “O sabão estava sendo vendido abaixo do preço de mercado e apresentava sinais de falsificação. Entramos em contato com o fabricante, que confirmou que o produto era falsificado. Na verdade, era um sabão de qualidade inferior embalado como outra marca”, disse.
Dicas para identificar produtos falsificados
Passamani orientou os consumidores sobre como identificar possíveis fraudes, começando pela análise da embalagem. “A qualidade da impressão é um dos sinais. A cor das caixas originais é mais vívida. Além disso, a colagem da caixa no produto falsificado é feita com cola quente, o que deixa marcas visíveis. Quando a caixa é sacudida, pode-se notar o sabão vazando, o que é um indicativo de colagem inadequada”, explicou.
Outro fator a ser observado é o preço. “O sabão falsificado estava sendo vendido por cerca de R$18, enquanto o original custa, em média, R$32 nos supermercados. Essa grande diferença no preço é um forte sinal de falsificação”, alertou o delegado.
Apreensão de azeite adulterado
Em outra operação, realizada em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram apreendidas 355 garrafas de azeite de duas marcas. Esses produtos fazem parte de uma lista de 12 marcas desclassificadas pelo Mapa por não cumprirem os requisitos de qualidade, sendo, na verdade, óleo composto.
A fiscalização, que já vinha sendo realizada pela Decon, ocorreu em supermercados da Grande Vitória. Passamani orienta os consumidores que adquiriram algum desses azeites a procurar o estabelecimento onde o compraram e solicitar a troca, já que os supermercados são obrigados a substituir os produtos.
Marcas de azeite proibidas de serem comercializadas pelo Mapa:
- Almazara (todos os lotes);
- Alonso (todos os lotes);
- Don Alejandro (lote 19224);
- Escarpas das Oliveira (todos os lotes);
- Garcia Torres (lote 24013);
- Grego Santorini (todos os lotes);
- La Ventosa (todos os lotes);
- Olivas Del Tango (lote 24014);
- Quinta de Aveiro (lote 272/08/2023);
- Quintas D’Oliveira (todos os lotes);
- Vincenzo (lote 19227);
- Vila Real (vários lotes especificados).
Fonte: ALES