Brasil prioriza definição de critérios claros para novos países parceiros no Brics
Publicado em 22/10/2024 às 09:10
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República via BBC
Nas discussões sobre a criação de uma nova categoria de membros do Brics – a de países “parceiros” – diplomatas brasileiros enfatizam que, para o Brasil, a definição dos critérios exigidos para a adesão é mais relevante do que a escolha dos países em si.
Nesta semana, os líderes do Brics se reúnem em Kazan, Rússia, para tratar, entre outros assuntos, da expansão do bloco além dos membros permanentes (detalhes da cúpula abaixo). A partir de janeiro do próximo ano, o Brasil assumirá a presidência do Brics, com foco em temas como o combate à fome e o desenvolvimento sustentável.
A discussão sobre a criação dessa nova categoria teve início em 2023, durante a cúpula em Joanesburgo, e, desde então, os critérios de admissão vêm sendo debatidos pelos diplomatas.
Devido a um acidente doméstico no último fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da cúpula de forma virtual, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, liderará a delegação brasileira em Kazan.
- Cerca de 30 países, segundo a diplomacia brasileira, já demonstraram interesse em ingressar no Brics como “parceiros”. Entre eles estão Venezuela, Cuba, Nicarágua, Nigéria, Argélia, Turquia e Marrocos.
O anúncio oficial dos países parceiros dependerá da aprovação dos critérios, que ainda estão em fase de negociação. “Por enquanto, estamos focados em definir esses critérios, o que para o Brasil é a etapa mais crucial”, disse ao g1 uma fonte do governo envolvida na cúpula.
Segundo essa fonte, a decisão final será dos chefes de Estado dos países do Brics, já que se trata de uma deliberação de “alto nível”.
Na semana passada, em coletiva sobre a participação do Brasil na cúpula de Kazan, Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, afirmou que a discussão sobre os critérios já se encontra em “estágio avançado”.
Fonte: G1