Escola de Marechal Floriano realiza campanha sobre inclusão e saúde mental
Publicado em 09/10/2024 às 08:26
Texto: Bruno Caetano / Fotos: Divulgação
O mês de setembro foi marcado pela conscientização e promoção da inclusão na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Nicolau Krohling, situada na comunidade de Santa Maria, em Marechal Floriano. O projeto “Três Cores, uma Missão: Cuidado e Inclusão”, idealizado por professores e voltado a estudantes, busca alinhar-se às temáticas do mês de setembro.
Esse projeto conecta-se com três campanhas importantes: o Setembro Verde, que incentiva a doação de órgãos e a inclusão social de pessoas com deficiência; o Setembro Azul, que visa dar visibilidade à comunidade surda, homenageando-a e conscientizando sobre os desafios que enfrenta; e o Setembro Amarelo, uma campanha dedicada à prevenção do suicídio e à promoção da saúde mental.
Entre uma série de atividades que abordaram essas temáticas, os estudantes assistiram ao filme “O Extraordinário”, que gerou momentos de reflexão e discussão sobre as diferenças e a valorização da vida. Durante a semana, os alunos também participaram da produção de murais, expressando suas vivências e contribuições para a comunidade.
A estudante Isabella Valério destacou a importância da união na luta pela inclusão e de valorizar a vida. Ela enfatizou como esses momentos ajudam a refletir sobre sentimentos e superações. “Existem pessoas que não são capazes de enxergar como nós, mas com os olhos do coração”, comentou.
Isabela Huber também falou da sua felicidade em participar da campanha. “Estou muito feliz que a escola promove esses momentos, pois nos ajudam a refletir sobre os nossos sentimentos, talvez uma dor que existe dentro de nós. É preciso confiar, pedir ajuda e assim tentar vencer nossos medos e angústias. Seja forte, ainda há esperança”, disse a estudante.
O professor Renato de Oliveira destacou que a ideia do projeto nasceu da necessidade de se falar sobre os temas e também vivenciá-los. “A escola é um dos primeiros ambientes em que as crianças começam a construir laços na sociedade e, é de suma importância falarmos que as diferenças existem e que temos que aprender e respeita-las, para assim construirmos uma sociedade melhor, justa e inclusiva. E nada melhor do que o ambiente escolar para compartilharmos essas vivências”, comentou.
A professora Mirela Calvi Vilela falou da emoção em fazer parte do projeto e poder vivenciar com os estudantes a história que trazem dentro de si. “Suas habilidades e conquistas nos tornam também seres humanos vencedores. E a cada superação deles é também a minha. É preciso estar preparado para educar os estudantes com necessidades especiais, esse é o primeiro passo para acontecer a inclusão escolar. É importante abrir espaços dentro da escola que possa servir como forma de convivência igualitária, respeitando cada indivíduo e assim tornamos uma educação possível para todos. Eu me encontrei na educação especial e amo o meu trabalho”, afirmou.
O encerramento da atividade contou com a apresentação dos alunos das turmas do sexto ano, que se apresentaram com músicas e interpretação em língua de sinais. Segundo a diretora Andrezza Costa Mil Borgo, o evento foi aberto aos pais para promover uma maior interação entre a escola e a comunidade.