Após onda de calor, frente fria e ciclone extratropical devem mudar tempo no Brasil

Publicado em 22/08/2024 às 11:29

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Tempo

Foto: Freepik

Uma frente fria, que começa a se formar no Sul do Brasil nesta quinta-feira (22), promete  alterar o clima em todo o país nos próximos dias. Associada a um ciclone extratropical em alto-mar, a frente deve trazer chuvas intensas e ventos fortes para o Rio Grande do Sul já nesta quinta-feira. Entretanto, a previsão aponta que o Sudeste continuará a experimentar temperaturas elevadas.

Embora o tempo instável esteja previsto para o Sul a partir desta quinta, a frente fria levará alguns dias para impactar as outras regiões do Brasil. No entanto, as temperaturas deverão permanecer elevadas, especialmente na faixa central do país. O Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais, sul de Goiás, sul do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul podem registrar temperaturas até 5ºC acima da média, segundo o Inmet.

A região central do país ainda está sob influência de uma onda de calor, que intensifica a circulação de ventos quentes e impede o avanço de frentes frias. O calor deverá persistir até a próxima sexta-feira, e algumas capitais podem registrar recordes de temperatura para o mês.

A partir de sábado (24), mudanças significativas no tempo são esperadas no Sudeste, com queda nas temperaturas e previsão de chuva para grande parte dos estados da região.

De acordo com a Climatempo, esta frente fria deve ser a segunda mais intensa a atingir o Rio Grande do Sul neste mês de agosto. Apesar de estar distante do continente, o ciclone extratropical intensificará os ventos na região, que podem chegar a até 90 km/h.

Ciclones extratropicais são sistemas de baixa pressão atmosférica que provocam condições adversas em grande escala, geralmente formados pelo contraste entre massas de ar quente e fria em latitudes médias.

A expectativa é que o Rio Grande do Sul enfrente chuvas fortes e temporais ao longo do dia devido à frente fria. “Esse sistema vai provocar chuva volumosa, granizo, raios e ventos fortes. Os ventos de até 90 km/h podem ser registrados no Rio Grande do Sul, centro-oeste de Santa Catarina, sudoeste do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul”, detalha Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que o sudoeste do Rio Grande do Sul pode acumular até 100 milímetros de chuva nesta quinta-feira, com risco de alagamentos pontuais.

Na sexta-feira (23), a chuva deverá se concentrar em partes de Santa Catarina, Paraná e sul do Mato Grosso do Sul. A massa de ar frio deverá quebrar o bloqueio atmosférico que vinha mantendo as temperaturas muito elevadas nesta semana. Desde o dia 18, o Brasil tem enfrentado uma onda de calor, com capitais registrando máximas superiores a 30°C.

Onda de calor

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho de “grande perigo” devido à persistência da onda de calor no Centro-Sul do Brasil. De acordo com o aviso, até sexta-feira (23), São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, e partes de Santa Catarina e Rondônia ainda enfrentarão altas temperaturas e condições de tempo seco. O alerta máximo indica risco à saúde com temperaturas até 5ºC acima da média durante um período prolongado superior a cinco dias.

Na tarde de quinta-feira (22), a quente condição climática deverá continuar, exceto no Rio Grande do Sul, que não está sob efeito do bloqueio atmosférico. Cuiabá, por exemplo, enfrentará temperaturas que variarão entre 26ºC e 41ºC na sexta-feira. Goiânia, com sua grande variação térmica, terá mínima de 19ºC e máxima de 35ºC.

Além das elevadas temperaturas, o tempo seco é um ponto crítico, com níveis de umidade relativa do ar considerados emergenciais pela Organização Mundial da Saúde (OMS), abaixo de 12%. O Inmet também emitiu um alerta amarelo de “perigo potencial” para outras áreas das cinco regiões do Brasil, com especial atenção para o Centro-Oeste. Este aviso é válido até as 19h desta quinta-feira.

Nesta quarta-feira, 193 municípios registraram umidade relativa do ar de 20% ou menos, o que é classificado como “nível de alerta”. Cotriguaçu, em Mato Grosso do Sul, registrou 8% de umidade, enquanto Amambaí (MS), Barretos (SP) e Cuiabá marcaram 10%.

Fonte: Portal IG

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