Domingos Martins e Marechal Floriano mantêm bons níveis de transparência e governança pública

Publicado em 18/07/2024 às 11:11

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Avaliação foi realizada em 77 municípios do Espírito Santo pela Transparência Capixaba, com metodologia da Transparência Internacional – Brasil. Ao todo, 48 cidades possuem nível ótimo ou bom de transparência e governança pública e 29 são consideradas regular ou ruim

O Ranking Capixaba de Transparência e Governança Pública divulgado nesta terça-feira (16), produzido pela Transparência Capixaba com metodologia da Transparência Internacional – Brasil e apoio do Espírito Santo em Ação, avaliou os portais de transparência e sites oficiais de 77 prefeituras municipais do Estado.

O trabalho tem como objetivo oferecer uma avaliação para que a sociedade, a imprensa e os próprios órgãos de controle tenham acesso à informação e monitorem as ações do poder público na promoção da transparência e da participação social e no combate à corrupção. O ranking também tem como meta estimular o poder público a promover continuamente a transparência de suas ações e reconhecer o bom trabalho realizado por algumas prefeituras.

No topo do Ranking Capixaba ficaram, respectivamente, as cidades de Vila Velha (99,7 pontos), Afonso Cláudio, Cachoeiro de Itapemirim (98,7 pontos), Serra (98,3 pontos) e Alegre (98 pontos) com nível ótimo. Dentre os 77 municípios avaliados, 48 obtiveram a classificação ótima ou boa, porém 29 ainda são considerados regular ou ruim. A pontuação negativa em relação à transparência foi atribuída às obras públicas e ao recebimento de emendas parlamentares, sejam elas federais, estaduais ou municipais.

Esse resultado preocupa, em particular, num ano eleitoral, já que obras e emendas são recursos frequentemente capturados que podem distorcer a resposta das urnas.

Nas últimas colocações ficaram Vila do Valério (23,8 pontos), Iúna (32,0 pontos) e Divino de São Lourenço (32,9 pontos). A escala do ranking vai de 0 a 100 pontos, na qual 0 (péssimo) significa que a prefeitura é avaliada como totalmente opaca e fechada à participação da sociedade e 100 (ótimo) indica que ela oferece alto grau de transparência e governança pública.

POSIÇÃOMUNICÍPIOPONTUAÇÃO FINALNÍVEL
1VILA VELHA99,7ÓTIMO
2AFONSO CLÁUDIO98,7ÓTIMO
2CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM98,7ÓTIMO
4SERRA98,3ÓTIMO
5ALEGRE98,0ÓTIMO
5ANCHIETA98,0ÓTIMO
7JOÃO NEIVA95,9ÓTIMO
8ITARANA95,7ÓTIMO
9ARACRUZ95,5ÓTIMO
10COLATINA95,3ÓTIMO
11VARGEM ALTA94,6ÓTIMO
12SANTA LEOPOLDINA94,4ÓTIMO
13LINHARES94,3ÓTIMO
14JERÔNIMO MONTEIRO93,8ÓTIMO
15CARIACICA93,4ÓTIMO
16VIANA92,7ÓTIMO
17GUAÇUÍ91,7ÓTIMO
18DOMINGOS MARTINS91,4ÓTIMO
19BOA ESPERANÇA91,3ÓTIMO
20PIÚMA90,8ÓTIMO
21DORES DO RIO PRETO90,6ÓTIMO
22GUARAPARI90,1ÓTIMO
23CONCEIÇÃO DO CASTELO89,6ÓTIMO
24ALTO RIO NOVO85,1ÓTIMO
25SANTA MARIA DE JETIBÁ84,8ÓTIMO
26ALFREDO CHAVES84,6ÓTIMO
27ICONHA84,0ÓTIMO
28PANCAS83,6ÓTIMO
29IRUPI81,6ÓTIMO
30SÃO MATEUS80,9ÓTIMO
31MARILÂNDIA80,9ÓTIMO
32VENDA NOVA DO IMIGRANTE80,6ÓTIMO
33IBIRAÇU80,3ÓTIMO
34RIO BANANAL77,4BOM
35PRESIDENTE KENNEDY75,4BOM
36ATÍLIO VIVÁCQUA75,0BOM
37ECOPORANGA73,5BOM
38MARECHAL FLORIANO72,0BOM
39ÁGUIA BRANCA70,8BOM
40NOVA VENÉCIA70,7BOM
41CASTELO70,3BOM
42MIMOSO DO SUL68,6BOM
43BARRA DE SÃO FRANCISCO68,5BOM
44SANTA TERESA67,9BOM
45MARATAÍZES63,8BOM
46IBATIBA63,1BOM
47MUQUI62,6BOM
48SÃO GABRIEL DA PALHA61,1BOM
49MANTENÓPOLIS58,5REGULAR
50FUNDÃO58,5REGULAR
51BAIXO GUANDU58,0REGULAR
52SÃO JOSÉ DO CALÇADO57,2REGULAR
53APIACÁ56,1REGULAR
54ITAPEMIRIM55,8REGULAR
55SÃO DOMINGOS DO NORTE55,4REGULAR
56JAGUARÉ55,0REGULAR
57RIO NOVO DO SUL55,0REGULAR
58PEDRO CANÁRIO54,8REGULAR
59MUCURICI54,4REGULAR
60VILA PAVÃO50,9REGULAR
61ITAGUAÇU49,8REGULAR
62MUNIZ FREIRE48,5REGULAR
63BREJETUBA47,9REGULAR
64BOM JESUS DO NORTE47,3REGULAR
65GOVERNADOR LINDENBERG46,6REGULAR
66PINHEIROS45,7REGULAR
67SOORETAMA44,3REGULAR
68CONCEIÇÃO DA BARRA43,0REGULAR
69MONTANHA42,7REGULAR
70ÁGUA DOCE DO NORTE41,7REGULAR
71LARANJA DA TERRA41,0REGULAR
72IBITIRAMA39,5RUIM
73SÃO ROQUE DO CANAÃ34,0RUIM
74PONTO BELO33,0RUIM
75DIVINO DE SÃO LOURENÇO32,9RUIM
76IÚNA32,0RUIM
77VILA VALÉRIO23,8RUIM
DESEMPENHO MÉDIO70,2BOM

A capital Vitória foi ranqueada pela Transparência Internacional – Brasil, no Ranking das Capitais Brasileiras, no qual ocupou o 1º lugar com 98,6 pontos.

O ranking neste ano avaliou seis dimensões (legal, plataformas, administração e governança, obras públicas, transparência financeira e orçamentária, e participação e comunicação) para identificar se os municípios mantinham estruturas e práticas adequadas para compartilhar informações cruciais para que jornalistas, ativistas, órgãos de controle e a população geral possam acompanhar os recursos públicos.

Isso inclui transparência no recebimento de emendas parlamentares, em detalhes da contratação de obras públicas e licitações, nas licenças ambientais, na concessão de incentivos fiscais a empresas, nas agendas dos prefeitos e na realização de consultas públicas, entre outras práticas analisadas.

“Os resultados do Ranking Capixaba demonstram como é possível avançar na transparência pública através da cooperação de agentes públicos e da sociedade civil. O Espírito Santo concentra o maior número de municípios com avaliações boas ou ótimas e deve ser inspiração para prefeituras de todo o Brasil. De outro lado, ainda é preocupante ver municípios capixabas com notas regulares e ruins, especialmente em ano eleitoral”, diz Nicole Verillo, gerente da Transparência Internacional – Brasil.

No geral, as piores notas foram atribuídas à transparência de obras públicas, um ponto de alerta sobretudo em anos eleitorais em que muitos recursos são canalizados para obras com o objetivo de atrair a atenção dos eleitores. Mais da metade dos municípios ainda não contam com uma plataforma ou portal específico adequado para dar transparência às obras no município, com informações sobre orçamento, valores pagos, contratações, localizações das obras e medições. Apenas 30% dos municípios tiveram aproveitamento satisfatório com atendimento igual ou acima de 60%. Alguns deles precisam se esforçar mais para informar a população o andamento das obras, medições, fiscais de contrato, licenças ambientais tendo em vista que zeraram na avaliação: Água Doce do Norte, Laranja da Terra, São Roque do Canãa, Divino de São Lourenço e Vila Valério.

Outro indicador em que foram identificados baixos índice de transparência é relacionado a emendas parlamentares. Ainda é preciso avançar na oferta de dados abertos sobre a parcela do orçamento público municipal que tem sua destinação definida pelos vereadores e sobre as emendas parlamentares recebidas pelo município por meio de deputados estaduais, deputados federais ou senadores, incluindo as “emendas pix”.

A Transparência Capixaba ainda destaca o bom trabalho do município de Mimoso do Sul que, mesmo com a destruição por conta das fortes chuvas no mês março de 2024, conseguiu avanços significativos.

“Em 2024 a metodologia foi atualizada e novos indicadores foram adicionados. A inclusão da dimensão Obras Públicas, nos permitirá acompanhar mais de perto os recursos destinados ao estado pelo PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, e será um incentivo para que os municípios detalhem mais sobre as obras públicas e invistam em tecnologia para acompanhamento efetivo destas”, destaca a diretora-executiva da Transparência Capixaba, Adila Damiani.

Como ampliar a transparência

Para ampliar o padrão de transparência das prefeituras brasileiras, é preciso dentre outras medidas:

  • regulamentação da Lei Anticorrupção em nível local;
  • criação de normas e mecanismos de proteção a denunciantes de corrupção;
  • aprimoramento da transparência de contratos, licitações e incentivos fiscais;
  • disponibilização de informações sobre emendas parlamentares recebidas pelo município destinadas por deputados estaduais, deputados federais e senadores, assim como de emendas realizadas pelos vereadores;
  • criação de leis, planos e portais de dados abertos, fomentando a disponibilização dos diversos tipo de informação em formato aberto;
  • criação de portais que centralizem as informações sobre a execução física e orçamentária das obras públicas, bem como das licenças ambientais dos empreendimentos;
  • fortalecimento de mecanismos de controle social, audiências e consultas públicas, orçamento participativo e conselhos, incluindo a criação de conselhos municipais de transparência e combate à corrupção.

Fonte e foto: Divulgação ES em Ação

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