Operação reprime organização criminosa responsável por tráfico e lavagem de dinheiro no Espírito Santo
Publicado em 20/06/2024 às 12:12
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado – FICCO/ES, com o apoio da Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira (20/6), a Operação Mosaico, com objetivo de desarticular associação criminosa que atua no tráfico de drogas, armas, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro, corrupção, falsificação de documentos, dentre outros crimes.
Cerca de 230 policiais federais estão cumprindo 72 mandados judiciais, expedidos pela 1ª Vara Criminal de São Mateus, em endereços de dez estados da Federação: Espírito Santo, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia. Do total de mandados expedidos, sete são de prisão preventiva e 65 de busca e apreensão.
Além da desarticulação das atividades ilícitas, a ação também visa descapitalizar o grupo criminoso. Foi determinado judicialmente, ordens para bloqueio de contas de investigados até o limite de mais de R$ 184 milhões, bem como para sequestro de nove imóveis, 21 veículos e três motos aquáticas.
A investigação teve início no mês de dezembro de 2021, após a deflagração da Operação Quinta Roda realizada pela Polícia Federal, ocasião em que ocorreu uma grande apreensão de cocaína destinada ao estado do Espírito Santo.
Após o compartilhamento de provas, na investigação foi descoberto organização criminosa instituída por diversas pessoas com foco no tráfico de drogas, armas, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.
Posteriormente, visando a ampliação e aprofundamento das investigações, o caso foi levado para a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado-FICCO, que , no decorrer dos trabalhos multidisciplinares, identificou vários núcleos criminosos. Os dois principais investigados se dedicavam ao tráfico de armas e drogas, tendo o Espírito
Há, também, atuação na falsificação de documentos públicos, especialmente na confecção de carteiras de identidade ideologicamente falsas para foragidos da justiça e pessoas integrantes do grupo criminoso.
Os recursos financeiros ilícitos adquiridos com a prática dos crimes eram lavados por meio de empresas de fachada, investimentos em imóveis, carros de luxo, com utilização de pessoas laranjas, procedimentos típicos de ações para lavagem de dinheiro.
Durante as investigações, foram identificadas diversas negociações de armas de fogo e drogas, sendo algumas, inclusive, objeto de flagrantes em ações da PRF e de polícias de outros estados.
A organização criminosa contava com o apoio de agentes e ex-agentes públicos (membros de forças de segurança pública), funcionários de cartórios e de outros órgãos públicos para a empreitada criminosa, demonstrando a periculosidade e nível de articulação do grupo investigado.
O auxílio de agentes públicos corrompidos se mostrou importante para a atividade criminosa, na medida em que algumas ações policiais foram vazadas antecipadamente, mandados de busca deixaram de ser cumpridos adequadamente, documentos ideologicamente falsos foram confeccionados, informações sigilosas de bancos de dados públicos foram passadas para criminosos, movimentações de presos dentro do sistema prisional foram encomendadas, além de diversas outras ações decorrentes dos desvio de conduta dos servidores.
Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelas práticas dos delitos de lavagem de dinheiro, associação para o tráfico de drogas, tráfico interestadual de drogas, organização criminosa, corrupção, comércio ilegal de arma de fogo e falsificação de documentos públicos.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado – FICCO/ES é composta por integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Espírito Santo, Polícia Civil do Espirito Santo, Guardas Civis de Vitória, Vila Velha, Serra e Viana-ES e Secretária de Segurança Pública do Espírito Santo.
Fonte e fotos: Polícia Federal