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Coluna Diversidade

Direitos Fundamentais de Jovens e Crianças com Deficiência na Escola

Publicado em 15/05/2024 às 10:00

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A inclusão de jovens e crianças com deficiência no ambiente escolar é um direito fundamental. A legislação brasileira estabelece garantias específicas para assegurar que esses estudantes tenham acesso igualitário à educação. Exploraremos alguns desses direitos nesta coluna.

A educação é um direito fundamental de todas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência. Conforme a Constituição Federal (Art. 205), a educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidadania e preparo para o trabalho. O atendimento educacional especializado deve ser oferecido preferencialmente na rede regular de ensino, tanto na rede pública quanto na particular.

A comunidade escolar, incluindo alunos, pais, professores e funcionários, deve trabalhar para compreender a importância da inclusão e respeitar as diferenças, promovendo a convivência harmoniosa entre todos os estudantes. Fonte: Freepik.


A igualdade de condições é um princípio norteador da educação. Significa proporcionar meios para que pessoas com diferentes níveis de dificuldade tenham resultados semelhantes. Barreiras físicas e comportamentais devem ser eliminadas para evitar a exclusão da pessoa com deficiência. Um exemplo disso é a adaptação de materiais didáticos para alunos com deficiência visual ou auditiva.

O sistema educacional deve ser inclusivo e de qualidade em todos os níveis de ensino. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência reforçam essa necessidade. As escolas, por exemplo, devem oferecer suporte pedagógico individualizado para alunos com deficiência intelectual.

Os estudantes com deficiência têm direito a profissionais de apoio escolar. A acessibilidade deve ser garantida, incluindo adaptações físicas, tecnológicas e metodológicas. A interpretação de Libras para alunos surdos ou o uso de recursos de comunicação alternativa para alunos com autismo é um bom exemplo disso.

Qualquer tipo de discriminação é inaceitável. Professores e colegas devem tratar os alunos com deficiência com respeito e igualdade. A comunidade escolar, incluindo alunos, pais, professores e funcionários, deve trabalhar para compreender a importância da inclusão e respeitar as diferenças, promovendo a convivência harmoniosa entre todos os estudantes. A escola deve ser um espaço onde todos os jovens e crianças, independentemente de suas habilidades, possam aprender, crescer e se desenvolver. A proteção desses direitos é crucial para a criação de uma sociedade mais humana, inclusiva e justa.

O papel dos gestores da educação é fundamental na promoção da igualdade e inclusão de alunos com deficiência. Eles desempenham um papel estratégico na criação de um ambiente educacional acolhedor e acessível para todos. Eles devem liderar a equipe escolar, promovendo uma cultura inclusiva, devem estar engajados na busca por práticas que atendam às necessidades de todos os alunos, indistintamente. Eles devem planejar e organizar ações que garantam a inclusão! Os gestores devem capacitar os professores e demais profissionais da escola, promovendo treinamentos sobre estratégias de ensino inclusivas, uso de tecnologias assistivas e sensibilização para a diversidade. Os professores devem ter apoio irrestrito na aplicação e no desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas. São eles que oferecem orientações, recursos e feedbacks para garantir que todos os alunos sejam atendidos adequadamente. É de suma importância acompanhar o progresso dos alunos com deficiência, avaliar o impacto das estratégias inclusivas e fazer ajustes quando necessário.

Envolver os pais e responsáveis no processo de inclusão escolar é fundamental para criar um ambiente educacional verdadeiramente inclusivo. É importante manter uma comunicação regular com os pais e responsáveis, realizar reuniões periódicas para compartilhar informações sobre o desempenho acadêmico dos alunos e ouvir suas sugestões e preocupações. É importante haver um estímulo constante para poderem participar ativamente da vida escolar de seus filhos. Eles podem auxiliar em atividades extracurriculares, apoiar as tarefas de casa e participar de eventos escolares1.
É importante que se estabeleça parcerias com organizações da comunidade, como instituições de apoio a pessoas com deficiência. Essas organizações podem fornecer recursos, capacitação e suporte para a educação inclusiva.

O gestor educacional deve se preocupar com a realização de atividades conjuntas entre a escola, a família e a comunidade. Feiras culturais, eventos esportivos, palestras e workshops podem fortalecer os laços e promover a integração de todos. A família deve se envolver em ações sociais, campanhas de conscientização, eventos solidários e em tudo mais que fortalecer a comunidade escolar. Ressalto que a participação ativa dos pais contribui para um ambiente mais acolhedor e inclusivo, beneficiando todos os alunos.

Finalizo a coluna com uma poesia do meu coração…

As palavras ganham novos significados,
Quando pronunciadas com amor e empatia.
A voz da inclusão ecoa pelos ventos,
Desfazendo barreiras, construindo pontes.

Na escola, no trabalho, nas ruas da cidade,
Cada olhar, cada sorriso, uma oportunidade.
Inclusão e acessibilidade são as chaves que abrem portas,
Para que todos possam trilhar suas jornadas.

E quando a noite chega, e o céu se ilumina,
As estrelas brilham mais intensamente.
Cada pessoa com deficiência é uma constelação,
Guiando-nos para um mundo mais consciente.

Que a poesia da inclusão seja nossa canção,
Entoada por corações abertos e mãos estendidas.
Juntos, voamos alto, rumo à igualdade,
Nas asas da diversidade, em plena liberdade.

Marcel Andrade Carone – Jornalista, apresentador de TV, empresário, ativista social comprometido com a inclusão, embaixador da Vitória Down, idealizador da “Brigada 21” e do “Pelotão 21”.
É diplomado pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e comendador do 38° Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro.

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