Moradores fecham rodovia em Domingos Martins e pedem recapeamento

Publicado em 16/02/2023 às 15:46

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Texto e imagens: Julio Huber / Edição de vídeo: Cícero Modolo

“Não queremos mais remendo, exigimos recapeamento”. Essa é a frase estampada em uma faixa segurada por moradores de São Miguel e de Melgaço, em Domingos Martins, que fecharam a rodovia ES-465, que liga a sede do município a Santa Maria de Jetibá. Dezenas de moradores colocaram fogo em galhos de árvores e pneus, e fecharam a via, às 9h na manhã desta quinta-feira (16). Duas equipes da Polícia Militar foram ao local acompanhar o protesto, que foi pacífico e durou algumas horas da manhã.

Ao longo do trecho de cerca de 25 quilômetros, há incontáveis buracos, barrancos que desmoronaram e árvores viradas para a pista. Mesmo a manutenção da rodovia não sendo de responsabilidade do município, no início desta semana funcionários da Prefeitura passaram a auxiliar os trabalhos de tapa-buracos, que estão sendo executados por uma empresa contratada do Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado do Espírito Santo (DER). Assista abaixo ao vídeo dos moradores protestando.

Em uma reportagem publicada ontem (15), pelo portal Montanhas Capixabas, o diretor presidente do DER, Luiz Cesar Maretto Coura, garantiu que no próximo mês será iniciado o serviço de recapeamento da rodovia. O portal Montanhas Capixabas já publicou, em 2021 e em 2022, matérias com reclamações de moradores sobre os buracos na rodovia. Enquanto a reconstrução do piso asfáltico não começa, os buracos existentes ao longo do trecho entre a sede de Domingos Martins e Melgaço estão sendo tampados, mas os moradores disseram que não acreditam na obra de reforma completa da via.

O empresário Marcos Chequer, que tem uma fábrica de cachaça na região, disse que apenas o recapeamento resolve o problema da rodovia. “Os moradores desta região são muito pacíficos, mas a situação já chegou a um nível de revolta e foi necessária essa manifestação. E se não cumprirem o que foi prometido, que é iniciar o recapeamento no mês de março, vai ter mais manifestação. Tampar buracos não resolve mais o problema dessa rodovia”, disse o empresário.

Outro morador revoltado é o agricultor Marcílio Schultz, 50. Ele comentou que se alguém passar mal, a demora até chegar ao hospital aumentará o risco. “Se for algo grave, não vai chegar a tempo no hospital. Várias pessoas já sofreram acidente nessa rodovia, teve queda de moto e muitos carros quebrados. Nós estamos fazendo esse protesto porque não tínhamos mais o que fazer, porque estamos esperando muito tempo essa obra. Se for preciso, faremos outros protestos”, enfatizou.

O agricultor Vilmar Kenpin, 44, alertou para o perigo de acidentes, principalmente com caminhões, que além de desviar dos buracos, em muitos trechos precisam trafegar no centro da pista, já que inúmeras árvores estão pendidas para a rodovia. “O motorista precisa ser artista para dirigir. Esse tapa-buracos não vai resolver o problema dessa rodovia. São muitos buracos, a rodovia não é conservada e nem as laterais do asfalto são limpas”, disse revoltado.

O comerciante Wagner Lutzke, 40, o Waguinho, disse que um vendedor que fornece mercadoria para seu comércio teve um prejuízo de R$ 2,6 mil após estourar pneus e empenar as rodas do veículo. “Eu já perdi vendas porque os meus fornecedores se recusaram a trazer o material para a minha loja. Quem conhece a estrada, não quer vir, e quando vêm, os motoristas pedem uma ajuda financeira”, relatou.

O diretor do DER garantiu que o recapeamento será iniciado em março. “Nos últimos anos, a região teve um crescimento na agricultura, no número de granjas e no movimento turístico. Até então, a manutenção da via era feita pela Seag (Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca), mas o DER está assumindo a rodovia, que será reformulada. Após o recapeamento, iremos realizar uma licitação para contratar uma empresa que irá executar um projeto em toda a rodovia, que terá uma nova ponte, um trevo e um trecho de calçadão”, disse Maretto.

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