Arte, Crônicas e Poesia
Quem nunca teve traída a confiança?
Publicado em 26/05/2022 às 15:35
A vida moderna, além da liquidez das relações, temos visto com habitualidade a quebra das palavras empenhadas. Lembro-me da minha avó ensinando meus tios sobre a importância de cumprir o que era dito e comprometido.
Facilmente rompe-se compromissos quando eles ficam difíceis de serem cumpridos, sejam no âmbito profissional ou amoroso. Tudo parece que está sendo escrito na areia da praia.
A gratidão é uma virtude esquecida, soterrada pelo egoísmo e vaidade, em geração ególatra o indivíduo que galga certa relevância social raramente credita o sucesso aos ajudantes no caminho.
E quando o fracasso, pois sempre vem, a culpa são é dos outros que não apoiaram ou do meio que não ajudou. E o culpado mor costuma ser Deus. Ouço muito isso: “Deus tem seus prediletos”, “Deus não ajudou”, “ Deus tirou”… O rol de imputações é extenso.
Essas frases dizem mais sobre quem as profere do que da natureza divina é uma vaidade absurda achar que Deus tem interesse em prejudicar alguém. Nós somos nossos maiores algozes.
Em tudo temos atentado contra nosso bem, somos como se fossem velas de um brilho ínfimo e no nosso íntimo cremos ser relevantes como uma centelha solar.
No fim, viver é reconstruir-se a cada dia.
Este espaço é dedicado a todos os escritores, fotógrafos, pintores, escultores e artistas da região das montanhas capixabas.
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