Imagens de câmeras podem ajudar a polícia a identificar quem matou moradores de rua
Publicado em 20/11/2021 às 12:46
Texto: Julio Huber e Roberly Pereira / Fotos: Roberly Pereira
A morte dos moradores de rua em Marechal Floriano está mobilizando as polícias Civil e Militar, que estão investigando o caso para identificar quem matou a tiros os dois homens e uma mulher, no início desta semana, que estavam dormindo embaixo da ponte sobre o Rio Jucu, no bairro Ponto Frio.
A Delegacia de Polícia Civil de Marechal Floriano iniciou as diligências assim que tomou conhecimento do fato. “A equipe coletou imagens de monitoramento e está levantando informações que possam auxiliar na elucidação do crime. Três vítimas fatais foram encontradas no local. A princípio, trata-se de andarilhos”, informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil, que não quis divulgar os nomes das vítimas.
Os corpos foram encontrados no início da noite da última terça-feira (16). O governador Renato Casagrande lamentou o ocorrido e se disse estarrecido. “Barbárie. O registro do triplo homicídio em Marechal Floriano nos deixa estarrecidos em constar a que ponto pode chegar a crueldade de uma pessoa. A nossa polícia vai alcançar esses assassinos e fazer justiça àqueles que não puderam se defender de tamanha covardia”, escreveu Casagrande, em uma rede social.
LIMPEZA DO LOCAL – Após os corpos serem recolhidos e o local do crime ser periciado, uma equipe de servidores da Prefeitura de Marechal Floriano iniciou a limpeza geral dos restos de objetos deixados pelos moradores de rua que foram assassinados.
A movimentação para a limpeza foi iniciada após o abandono dos demais moradores de rua que também viviam daquele local, onde sempre passavam as noites. A maioria desapareceu do local e principalmente da sede de Marechal Floriano após o assassinato de dois homens e da mulher, que moravam ao lado do rio.
Foram recolhidos peças e pequenas casas de madeira, banheiros improvisados, latas de cerveja, garrafas de bebidas alcoólicas, roupas de todos os tipos já usadas e rasgadas e a maioria já deterioradas e também restos de comidas em pratos, além dos colchões e camas já parcialmente destruídos.
Todo o material encontrado foi transportado pelos trabalhadores da Prefeitura de Marechal Floriano até um caminhão basculante que ficou lotado de restos abandonados pelos homens e mulheres após o crime.